A Kingswood Games, em parceria com a Alderac Entertainment Group, anunciou o lançamento de Into the Accordlands, uma nova edição do jogo de cartas colecionáveis Warlord: Saga of the Storm. Programada para lançamento por meio de uma campanha no Kickstarter que terá início em 7 de maio, a próxima coleção marcará o retorno do jogo após uma pausa de doze anos.
Formada por Woodrow Hood e Josh King, dois integrantes da comunidade de jogadores responsáveis por manter o jogo vivo desde 2012, a Kingswood Games ressuscitará um jogo que cativou uma legião de fãs lá fora, com a promessa de lançar três expansões por ano. Com a campanha no Kickstarter, a nova empresa oferecerá uma caixa inicial contendo seis decks prontos para jogar, cada um representando uma das facções do jogo. Esta caixa é projetada para atender tanto a novos jogadores quanto aos familiarizados com o jogo, oferecendo um ponto de entrada acessível para as mecânicas do card game, sendo inteiramente compatível com as cartas antigas.
Para os fãs que retornam, a nova edição contará com o lore atualizado, mecânica de jogo refinada e experiências de jogo simplificadas. As caixas de boosters atualizadas serão configuradas para permitir que os jogadores possam prontamente realizar drafts, algo que não acontecia com os produtos originais do jogo.
A expansão manterá o formato original do jogo de cartas colecionáveis e introduzirá arte atualizada para cartas clássicas e molduras das cartas aprimoradas. Artistas em destaque incluem alguns nomes conhecidos dos fãs de card games e RPGs, como Jason Engle, Jeff Menges, Chris Seaman e Steve Ellis, que contribuíram para os aprimoramentos visuais do jogo.
Warlord: Saga of the Storm
Criado em 2001, Warlord: Saga of the Storm foi projetado para dois ou mais jogadores, cada um controlando um exército com o objetivo de derrotar o Warlord (Senhor da Guerra) de seus oponentes. O jogo é marcado por seu sistema de resolução de ações que utiliza um D20, onde os jogadores adicionam ou subtraem modificadores do resultado do dado para determinar o desfecho das ações.
Este sistema substitui as mecânicas comuns de muitos outros jogos de cartas colecionáveis por um sistema de Rank & File (linhas e colunas), onde os níveis das cartas ditam o posicionamento das novas cartas na área de jogo. Além disso, nesse sistema o nível do personagem e sua posição na mesa determinam quais equipamentos eles podem usar, assim como as ações (específicas da classe) que podem executar.
A mecânica do jogo é especialmente fácil de entender para aqueles familiarizados com RPGs de mesa baseados em D20. Além disso, Warlord introduziu um sistema único de jogo organizado que confrontava decks normais contra batalhas contra chefões superpoderosos conduzidas pelos organizadores dos eventos. Conforme os jogadores progrediam, os chefes se tornavam mais difíceis e a única maneira de chegar ao próximo nível era derrotando o chefe da etapa anterior. No ápice dessa jornada estavam os vilões conhecidos como Senhores Medusanos, cada um com habilidades capazes de mudar o rumo do jogo, tendo sido poucos aqueles que conseguiram derrotá-los.
O card game foi publicado pela Alderac entre 2001 e 2007, ano em que a empresa, que chegou a publicar os jogos de cartas Legend of the Five Rings, Doomtown e 7th Sea, passou a dar mais foco aos board games. Entre 2008 e 2012, a alemã Phoenix Interactive transformou Warlord de um jogo de cartas colecionáveis em um card game expansível, com cerca de 4.600 cartas únicas. A partir daí, coube à comunidade de jogadores, por meio do comitê de jogadores Guardians of the Storm, levar o jogo adiante, de forma semelhante ao que aconteceu no passado com outros card games populares. Torçamos para que algum dia este jogo tão interessante chegue às mesas dos jogadores brasileiros.
E você? O que achou dessa novidade? Já conhecia o jogo? Deixe o seu comentário abaixo!